terça-feira, 27 de setembro de 2011

Fordismo e Taylorismo


Fordismo

         O Fordismo é um sistema racional de produção em massa, que transformou radicalmente a indústria automobilística na primeira metade do século XX. Um sistema produtivo baseado numa linha de montagem, que tinha como objetivos a produção industrial elevada, aumento da produção no menor espaço de tempo, utilizando o trabalhador que reproduzia mecanicamente a mesma ação durante todo o dia. Os veículos eram colocados numa esteira e passavam de um operário a outro para que cada um fizesse sua parte no serviço. 
          Uma das marcas do Fordismo foi o aperfeiçoamento da Linha de Montagem. Com isto, os automóveis eram construídos em esteiras rolantes que funcionavam enquanto os operários ficavam, praticamente, parados nas “estações”, quando realizavam pequenas etapas da produção. Desta forma não era necessária quase nenhuma qualificação dos trabalhadores.
          Apesar do Fordismo ser a base de grande parte das teorias de administração de empresas modernas, o Fordismo em sua forma original já não é aplicado nas empresas dos dias de hoje.


Taylorismo

         
          Objetivava a isenção de movimentos inúteis, para que o operário executasse de forma mais simples e rápida a sua função, estabelecendo um tempo médio.


Primeiro Princípio 

Tem como objetivo planejar, organizar e permitir o controle do trabalho por parte da gerência, para tanto, esta deveria :

·        Dividir o trabalho do operário em seus componentes básicos ; 

·        Eliminar as atividades que não agregam valor ; 

·        Medir os tempos dos componentes restantes, estabelecendo tempos padrão ; 

·        Tabular os dados obtidos de modo a formular regras e procedimentos a serem seguidos pelo operário na execução de sua tarefa.
  

Segundo Princípio
 
          Relaciona-se à seleção, ao treinamento e ao desenvolvimento dos operários. A gerência, tendo perfeito conhecimento da tarefa a ser desempenhada, poderia selecionar as pessoas com o nível de habilidade, destreza e força requeridos em cada posto de trabalho. Depois, teria que treinar e desenvolver cada operário para que ele seguisse às regras e procedimentos preestabelecidos.

Terceiro Princípio
 
          Procura estabelecer as relações entre a gerência e os operários. A gerência teria a responsabilidade pelo planejamento e pelo controle do trabalho e aos operários caberia a  execução. Para Taylor, o correto entendimento do racional subjacente a esta divisão, levaria a um clima de ampla cooperação entre operários e gerência.




http://www.rhportal.com.br/artigos/wmview.php?idc_cad=qnpe5a2mn
http://www.slideshare.net/Jaque_/fordismo-e-taylorismo

Trabalho e ócio no mundo greco-romano

          Em Atenas, na época clássica, quando os poetas cômicos qualificavam um homem por seu ofício (Eucrates, o comerciante de estopa; Lisicles, o comerciante de carneiros), não era precisamente para honrá-los; só é homem por inteiro quem vive no ócio. Segundo Platão, uma cidade benfeita seria aquela na qual os cidadãos fossem alimentados pelo trabalho rural de seus escravose deixassem os ofícios para a gentalha: a vida "virtuosa", de um homem de qualidade, deve ser "ociosa" [...].
          Para Aristóteles, escravos, camponeses e negociantes não poderiam ter uma vida "feliz", quer dizer, ao mesmo tempo próspera e cheia de nobreza: podem-no somente aqueles que têm os meios de organizar a própria existência e fixar para si mesmos um objetivo ideal. Apenas esses homens ociosos correspondem moralmente ao ideal humano e merecem ser cidadãos por inteiro: "A perfeição do cidadão não qualifica o homem livre, mas só aquele que é isento das tarefas necessárias das quais se incumbem servos, artasãos e operários não especializados; estes últimos não serão cidadão se a constituição conceder os cargos públicos à virtude e ao métiro, pois não se pode praticar a virtude levando-se uma vida de operário ou de trabalhados braçal". Aristóteles não quer dizer que um pobre não tenha meios ou oportunidades de praticar certas virtudes, mas, sim, que a pobreza é um defeito, uma espécie de vício.

VEYNE, Paul. Trabalho e écio. In: ARIÈS, P., DUBY, G. História da vida privada. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. v. 1: Do Império Romano ao ano mil. p. 124-5

Perguntas...

1. A antiga concepção de que as atividades do pensamento vinculadas à ociosidade (liberdade) têm mais valor que as vinculadas às necessidades está presente em nossa sociedade? Como ela aparece nos jornais e na televisão?
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2. Para você, a concepção de que a pobreza é uma espécie de vício, ou algo que torna as pessoas inferiores, existe ainda hoje?
- Sim, muitas pessoas são discriminadas, e consideradas inferiores por serem pobres.

3.    Desde a Antiguidade se observa a divisão entre trabalho intelectual e trabalho manual. Como ela aparece em outros momentos históricos e, principalmente, hoje?