terça-feira, 22 de novembro de 2011

Patrística e Escolástica

          A patrística foi como ficou conhecido o conjunto de textos sobre a fé e a revelação cristãs, feito pelos padres da Igreja, para exlicar seus preceitos às autoridades romanas e ao povo em geral. 
          A Igreja sabia que esses preceitos não podiam ser simplesmente impostos pela força, e  tinham de ser apresentados de uma maneira convincente, mediante a um trabalho de pregação e conquista espiritual. Assim tentos munir a fé de argumentos racionais, ou seja, buscou a conciliação entre o cristianismo e o pensamento pagão.
          Seu principal expoente foi Santo Agostinho.


terça-feira, 27 de setembro de 2011

Fordismo e Taylorismo


Fordismo

         O Fordismo é um sistema racional de produção em massa, que transformou radicalmente a indústria automobilística na primeira metade do século XX. Um sistema produtivo baseado numa linha de montagem, que tinha como objetivos a produção industrial elevada, aumento da produção no menor espaço de tempo, utilizando o trabalhador que reproduzia mecanicamente a mesma ação durante todo o dia. Os veículos eram colocados numa esteira e passavam de um operário a outro para que cada um fizesse sua parte no serviço. 
          Uma das marcas do Fordismo foi o aperfeiçoamento da Linha de Montagem. Com isto, os automóveis eram construídos em esteiras rolantes que funcionavam enquanto os operários ficavam, praticamente, parados nas “estações”, quando realizavam pequenas etapas da produção. Desta forma não era necessária quase nenhuma qualificação dos trabalhadores.
          Apesar do Fordismo ser a base de grande parte das teorias de administração de empresas modernas, o Fordismo em sua forma original já não é aplicado nas empresas dos dias de hoje.


Taylorismo

         
          Objetivava a isenção de movimentos inúteis, para que o operário executasse de forma mais simples e rápida a sua função, estabelecendo um tempo médio.


Primeiro Princípio 

Tem como objetivo planejar, organizar e permitir o controle do trabalho por parte da gerência, para tanto, esta deveria :

·        Dividir o trabalho do operário em seus componentes básicos ; 

·        Eliminar as atividades que não agregam valor ; 

·        Medir os tempos dos componentes restantes, estabelecendo tempos padrão ; 

·        Tabular os dados obtidos de modo a formular regras e procedimentos a serem seguidos pelo operário na execução de sua tarefa.
  

Segundo Princípio
 
          Relaciona-se à seleção, ao treinamento e ao desenvolvimento dos operários. A gerência, tendo perfeito conhecimento da tarefa a ser desempenhada, poderia selecionar as pessoas com o nível de habilidade, destreza e força requeridos em cada posto de trabalho. Depois, teria que treinar e desenvolver cada operário para que ele seguisse às regras e procedimentos preestabelecidos.

Terceiro Princípio
 
          Procura estabelecer as relações entre a gerência e os operários. A gerência teria a responsabilidade pelo planejamento e pelo controle do trabalho e aos operários caberia a  execução. Para Taylor, o correto entendimento do racional subjacente a esta divisão, levaria a um clima de ampla cooperação entre operários e gerência.




http://www.rhportal.com.br/artigos/wmview.php?idc_cad=qnpe5a2mn
http://www.slideshare.net/Jaque_/fordismo-e-taylorismo

Trabalho e ócio no mundo greco-romano

          Em Atenas, na época clássica, quando os poetas cômicos qualificavam um homem por seu ofício (Eucrates, o comerciante de estopa; Lisicles, o comerciante de carneiros), não era precisamente para honrá-los; só é homem por inteiro quem vive no ócio. Segundo Platão, uma cidade benfeita seria aquela na qual os cidadãos fossem alimentados pelo trabalho rural de seus escravose deixassem os ofícios para a gentalha: a vida "virtuosa", de um homem de qualidade, deve ser "ociosa" [...].
          Para Aristóteles, escravos, camponeses e negociantes não poderiam ter uma vida "feliz", quer dizer, ao mesmo tempo próspera e cheia de nobreza: podem-no somente aqueles que têm os meios de organizar a própria existência e fixar para si mesmos um objetivo ideal. Apenas esses homens ociosos correspondem moralmente ao ideal humano e merecem ser cidadãos por inteiro: "A perfeição do cidadão não qualifica o homem livre, mas só aquele que é isento das tarefas necessárias das quais se incumbem servos, artasãos e operários não especializados; estes últimos não serão cidadão se a constituição conceder os cargos públicos à virtude e ao métiro, pois não se pode praticar a virtude levando-se uma vida de operário ou de trabalhados braçal". Aristóteles não quer dizer que um pobre não tenha meios ou oportunidades de praticar certas virtudes, mas, sim, que a pobreza é um defeito, uma espécie de vício.

VEYNE, Paul. Trabalho e écio. In: ARIÈS, P., DUBY, G. História da vida privada. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. v. 1: Do Império Romano ao ano mil. p. 124-5

Perguntas...

1. A antiga concepção de que as atividades do pensamento vinculadas à ociosidade (liberdade) têm mais valor que as vinculadas às necessidades está presente em nossa sociedade? Como ela aparece nos jornais e na televisão?
 - 

2. Para você, a concepção de que a pobreza é uma espécie de vício, ou algo que torna as pessoas inferiores, existe ainda hoje?
- Sim, muitas pessoas são discriminadas, e consideradas inferiores por serem pobres.

3.    Desde a Antiguidade se observa a divisão entre trabalho intelectual e trabalho manual. Como ela aparece em outros momentos históricos e, principalmente, hoje?

terça-feira, 21 de junho de 2011

A persistência dos mitos

''Acredite ou não nele (o mito), comforme a própria vontade, mediante uma ato de fé, caso pareça ''belo'' ou verossímil, ou simplesmente porque se quer acreditar''. (Grimal)
Reflita sobre essa afirmação, investigue sobre o tema e procure indetificar alguns mitos do mundo atual. 


Um mito muito conhecido é o mito da caverna:

Imaginemos uma caverna separada do mundo externo por um alto muro, cuja entrada permite a passagem da luz exterior. Desde seu nascimento, geração após geração, seres humanos ali vivem acorrentados, sem poder mover a cabeça para a entrada, nem locomover-se, forçados a olhar apenas a parede do fundo, e sem nunca terem visto o mundo exterior nem a luz do Sol. Acima do muro, uma réstia de luz exterior ilumina o espaço habitado pelos prisioneiros, fazendo com que as coisas que se passam no mundo exterior sejam projetadas como sombras nas paredes do fundo da caverna. Por trás do muro, pessoas passam conversando e carregando nos ombros figuras de homens, mulheres, animais cujas sombras são projetadas na parede da caverna. Os prisioneiros julgam que essas sombras são as próprias coisas externas, e que os artefatos projetados são os seres vivos que se movem e falam. Um dos prisioneiros, tomado pela curiosidade, decide fugir da caverna. Fabrica um instrumento com o qual quebra os grilhões e escala o muro. Sai da caverna, e no primeiro instante fica totalmente cego pela luminosidade do Sol, com a qual seus olhos não estão acostumados; pouco a pouco, habitua-se à luz e começa ver o mundo. Encanta-se, deslumbra-se, tem a felicidade de, finalmente, ver as próprias coisas, descobrindo que, em sua prisão, vira apenas sombras. Deseja ficar longe da caverna e só voltará a ela se for obrigado, para contar o que viu e libertar os demais. Assim como a subida foi penosa, porque o caminho era íngreme e a luz ofuscante, também o retorno será penoso, pois será preciso habituar-se novamente às trevas, o que é muito mais difícil do que habituar-se à luz. De volta à caverna, o prisioneiro será desajeitado, não saberá mover-se nem falar de modo compreensível para os outros, não será acreditado por eles e correrá o risco de ser morto pelos que jamais abandonaram a caverna.

A caverna, diz Platão, é o mundo sensível onde vivemos. A réstia de luz que projeta as sombras na parede é um reflexo da luz verdadeira (as ideias) sobre o mundo sensível. Somos os prisioneiros. As sombras são as coisas sensíveis que tomamos pelas verdadeiras. Os grilhões são nossos preconceitos, nossa confiança em nossos sentidos e opiniões. O instrumento que quebra os grilhões e faz a escalada do muro é a dialética. O prisioneiro curioso que escapa é o filósofo. A luz que ele vê é a luz plena do Ser, isto é, o Bem, que ilumina o mundo inteligível como o Sol ilumina o mundo sensível. O retorno à caverna é o diálogo filosófico. Os anos despendidos na criação do instrumento para sair da caverna são o esforço da alma, descrito na Carta Sétima, para produzir a “faísca” do conhecimento verdadeiro pela “fricção” dos modos de conhecimento. Conhecer é um ato de libertação e de iluminação.





terça-feira, 14 de junho de 2011

PARA REFLETIR

Eu etiqueta
(ANDRADE, Carlos Drummond de. O Corpo. 10. ed. Rio de Janeiro: Record, 1987. p. 85-7)


1. Ao ler esse poema de Drummond, você identifica alguma situação que enfrenta no seu cotidiano, em casa, na escola ou mesmo entre amigos?
- Sim, por todo lugar, em quase tudo que usamos há algum tipo de propaganda. Uma roupa, um calçado, um acessório...


2. Ao comprar uma roupa de grife, isto é, que tem uma etiqueta, ou uma camiseta que vem com a logomarca da empresa que a fabricou, você acharia estranho estar pagando para ser utilizado como um outdoor ambulante?


- Na verdade, quando compramos determinado produto de alguma marca famosa, pensamos em nós mesmos, em estar mostrando que possuímos aquele produto de tal marca, e assim fazemos uma propaganda de nós mesmos. Mas pensando por esse lado, é estranho sim, pensar que estamos sendo USADOS como um outdoor ambulandte para a propaganda da marca.


3. O poema realça a capacidade humana de pensar, agir e decidir sobre a própria vida como um valor fundamental. Entretanto, vivemos numa sociedade em que a imagem  é uma das coisas mais importantes e, por isso, a roupa e os objetos que usamos são algo que nos identifica como mebros de determinado grupo ou classe social. VocÊ acha que se despersonaliza, deixa de ser autêntico, quando escolhe produtos pela marca que ostentam?

- Eu acredito que não, se uma pessoa compra determinado produto mesmo sendo pela marca, ela está comprando porque quer. Quer ser assim, se vestir assim, é uma escolha dela e e não se despersonaliza por isso.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Indústria Cultural



      Indústria cultural é o nome dado a empresas e instituições que trabalham com a produção de projetos, canais, jornais, rádios, revistas e outras formas de descontração, baseadas na cultura, visando o lucro. Sua origem se deu através da sociedade capitalista que transformou a cultura num produto comercializado.

      A principal forma cultural construída por essas indústrias é a televisão, que ensina e forma indivíduos cada vez mais cedo. Nela podem-se observar diferentes temas e culturas expostas a qualquer horário e idade.


 
     Segundo Adorno, na Indústria Cultural, tudo se torna negócio. Enquanto negócios, seus fins comerciais são realizados por meio de sistemática e programada exploração de bens considerados culturais. Um exemplo disso, dirá ele, é o cinema. O que antes era um mecanismo de lazer, ou seja, uma arte, agora se tornou um meio eficaz de manipulação. Portanto, podemos dizer que a Indústria Cultural traz consigo todos os elementos característicos do mundo industrial moderno e nele exerce um papel especifico, qual seja, o de portadora da ideologia dominante, a qual outorga sentido a todo o sistema.


http://www.urutagua.uem.br//04fil_silva.htm
http://www.brasilescola.com/cultura/industria-cultural.htm



SINÔNIMO DE ALIENAÇÃO 

A pessoa alienada perde o contato consigo mesma, sua identidade, seu valor. Só lhe resta a angústia. "A angústia é essa situação afetiva que nos coloca diante do nada" (Heidegger).